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  • CÍRCULO DE ESTUDOS

    studium
    temporale

    Capacitação integral em um campo científico-filosófico pioneiro que integra cronobiologia, neurociência, fenomenologia do tempo e epistemologias ecológicas para restaurar coerência entre os ritmos biológicos, sociais e simbólicos que sustentam a vida. Aplicável a contextos clínicos, educacionais, criativos e institucionais, o Studium Temporale propõe uma abordagem rítmica de cuidado regenerativo e desenho de práticas, orientada pelo alinhamento entre os tempos naturais e humanos como via para o bem-estar integral e para o florescimento dos sistemas vivos.

  • PONTES INTEGRADAS

    PROJETOS E
    PARCERIAS

    Centro de concepção e cultivo de programas que aproximam pesquisa, prática e impacto, e instauram campos de colaboração entre ciência, filosofia, arte e ecologia, uma convergência a partir da qual se desenvolvem espaços de equilíbrio cultural e saúde temporal coletiva em que o conhecimento se transforma em experiências capazes de recuperar ritmo e sentido à vida comum.

  • ENSAIOS E PODCAST

    ENTRE
    TEMPOS

    Publicação e campo de escuta dedicados à investigação da experiência temporal humana em suas múltiplas dimensões, que entrelaça diferentes fontes de conhecimento para explorar o modo como o tempo se encarna em em gestos, relações e formas de presença. Ali, leituras, vozes e convivências compõem um percurso de pensamento e sensibilidade, onde refletir é também um modo de respirar junto ao mundo - e reconhecer, no intervalo-entre, o movimento contínuo de existir.

A CAUSA

Fundar um campo em que o tempo volte a ser compreendido como dimensão viva, e OFERECER CAMINHOS DE SAÚDE E LUCIDEZ À LUZ DA SABEDORIA TEMPORAL

Há um desgaste discreto que atravessa instituições, lares e relações, insinuando-se em modos de viver que já não encontram expressão plena. Longe de configurarem meras perturbações contornáveis por soluções imediatas ou abordagens que fatiam a experiência, tratam-se de um apanhado daquilo que persiste apesar de intervenções pontuais e que exige outro tipo de olhar. Quando a atenção se amplia, revela-se uma fratura no compasso da existência: a dispersão dos ritmos que organizam o corpo, o cotidiano e o mundo compartilhado, um fenômeno que escapa às leituras que separam o que, na vida concreta, acontece em conjunto.

A Noblau Co surge da convicção de que ação alguma alcança profundidade quando ignora o tempo como fundamento vivo, e por isso tornou-se o berço da Ecologia Temporal, um campo de conhecimento transdisciplinar em que saberes se entrelaçam para mapear desencontros, identificar modos de estranhamento e delinear caminhos que restituem coerência entre presença, vínculos e ambiente. Sob essa perspectiva, o que parecia um evento isolado torna-se sinal de sistemas em desalinho, um um entendimento que abre espaço para intervenções rigorosas e sensíveis, capazes de recuperar cadência, ampliar a potência de agir e devolver densidade às experiências, permitindo que indivíduos e coletividades, enfim, retomem o fluxo que orienta e sustenta a vida em sua inteireza.

o PORQUÊ

A IDEIA QUE NOS MOVE

O campo contemporâneo do cuidado convive com um enigma persistente: mesmo com avanços robustos no entendimento dos ciclos biológicos, das dinâmicas afetivas e das condições que sustentam relações nutritivas, expande-se um cenário de descompasso coletivo. A contradição não está na ciência ou filosofia em si, mas no modo como são aplicadas, de forma segmentada, capturando apenas partes de um organismo maior. Hoje, cada disciplina se orienta por um ângulo específico – umas investigam processos biológicos, outras se dedicam aos estados interiores, e outras, às dinâmicas coletivas – e, assim, o conjunto permanece fraturado. A tessitura temporal que articula essas dimensões raramente é percebida, embora seja ela o pulso sadio das variadas formas de viver – um tecido que, quando se desorganiza, desnuda a percepção de que aquilo que chamamos de sintoma, manifesta-se, na verdade, como um campo de forças em desalinho.

Essas fraturas, é claro, não surgem isoladas, mas multiplicam-se em ritmos que perdem direção, em relações aceleradas e em ambientes que intensificam estímulos até dissolver a capacidade de estar. O resultado é um conjunto de efeitos que não pode ser atribuído ao indivíduo, mas a uma arquitetura de tempos em conflito. A Teoria dos Três Tempos surge, então, como instrumento para clarear essas articulações ocultas, e permitir a compreensão de como diferentes camadas do viver se reúnem e se distorcem. Ao tornar visível o que estava disperso, portanto, favorece intervenções que reconstituem alinhamento, abrem passagem para outra qualidade de atenção e criam condições para uma reorganização duradoura, algo que ultrapassa os limites das práticas tradicionais e reinstaura um modo de existir mais íntegro e sustentável.

O COMO

Um compasso circular

O sistema temporal que forma a experiência humana manifesta-se como uma trama interdependente entre o Tempo do Ser, onde se inscrevem ritmos orgânicos, dinâmicas autonômicas e significados internos; o Tempo do Vínculo, que envolve relações, corregularidade e afetos partilhados; e o Tempo do Meio, que abrange contextos, práticas de trabalho e ecossistemas. Nenhuma dessas camadas atua de maneira autônoma, já que qualquer desajuste perpassa o conjunto e produz ondulações que repercutem na vitalidade, sociabilidade e no espaço cotidiano. A intervenção da Ecologia Temporal busca, nesse sentido, restituir movimento circular ao todo, posicionando-se a favor da reflexão de que quando o corpo ganha cadência, os afetos se ordenam, vínculos equilibrados ampliam estabilidade interna, emoções coerentes aprofundam relações; relações afinadas modulam o organismo, e contextos bem desenhados favorecem a fluidez de todos os ritmos, convertendo ciclos de dispersão em sincronia viva. Adotar essa abordagem significa elaborar protocolos capazes de traduzir movimentos sutis da temporalidade em ações precisas e ajustadas a cada realidade. Cada gesto, do lado de cá, incide simultaneamente sobre múltiplas escalas – orgânica, relacional e ambiental -, e promove convergência entre corpo, convivência e território. A mudança que emerge, por fim, não se reduz ao alívio imediato, mas reorganiza o sistema, regenera presença e continuidade, e reinventa a experiência humana de modo que o tempo volte a atuar como fonte de vigor, ordem e sentido partilhado.

Conheça os percursos em torno do tempo e da existência

ATRAVESSE UM TERRITÓRIO EM QUE RITMOS INTERNOS, SOCIAIS E AMBIENTAIS SE entrelaçam PARA REVELAR CAMINHOS DE FLUIDEZ VITAL

Propomos jornadas voltadas a quem deseja reorganizar sua própria temporalidade, a núcleos familiares e grupos que buscam formas de convivência mais afinadas e a instituições interessadas em incorporar os princípios da Ecologia Temporal às suas práticas, aos seus ambientes e modos de cuidado.

STUDIUM TEMPORALE

Um campo avançado de investigação e prática onde a temporalidade humana se reconhece como a arquitetura primeira do existir, e o pensamento se converte em método sensível e rigoroso de cuidado, análise e intervenção clínica, educativa e institucional. Um território em que ritmo, forma e sentido se reúnem para sustentar modos mais lúcidos de compreender e transformar o viver.

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a natureza e o propósito do Círculo de Formação Contínua em Ecologia Temporal

O Studium Temporale constitui o eixo central de formação da Ecologia Temporal, uma abordagem teórico-metodológica que compreende a existência humana como um sistema ritmicamente organizado, no qual processos biológicos, dinâmicas afetivas, narrativas subjetivas e contextos socioculturais operam de forma integrada e modulam, em conjunto, a experiência do viver, estados de saúde, e os processos de aprendizagem, elaboração e decisão. Nesse horizonte epistemológico, o Studium se afirma, formando profissionais capazes de ler, analisar e intervir nesses planos temporais de maneira simultânea, e que cultivam uma inteligência do tempo aplicada aos processos clínicos e às práticas educativas, sociais e institucionais.

Trata-se de um programa contínuo, de rigor conceitual e coerência ontológica, que articula estudo aprofundado de fundamentos teóricos, leitura orientada de referências primárias, análise crítica de casos clínicos e educativos, laboratórios de aplicação metodológica e a construção de uma comunidade intelectual comprometida com práticas temporalmente informadas. Seu propósito é formar a capacidade de diagnóstico temporal, arquitetura rítmica e atuação contextualizada, de modo que cada profissional exerça sua prática com maior precisão, consistência e responsabilidade diante da complexidade cronodinâmica dos sistemas vivos.

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a quem se destina

Profissionais da saúde e do cuidado clínico

Psicólogos, médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos cronobiologistas e enfermeiros, a exemplo, que reconhecem que processos de regulação autonômica, adoecimento, recuperação e mudança terapêutica dependem de compreender o organismo humano como sistema temporalmente organizado, onde ritmos fisiológicos, construção afetiva, vínculos relacionais e narrativas de vida se articulam estruturalmente no adoecer e no restaurar.

educadores

Professores, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, psicopedagogos e estudiosos da educação, no geral, que compreendem que desenvolvimento cognitivo, maturação emocional, processos atencionais e elaboração simbólica são fenômenos ritmicamente estruturados, que exigem abordagens pedagógicas sensíveis à temporalidade singular de cada estudante e às dinâmicas temporais dos ambientes de aprendizagem.

Profissionais de práticas somáticas, corporais e integrativas

Terapeutas corporais, instrutores de movimento, educadores somáticos, profissionais de yoga, meditação e práticas contemplativas, que buscam fundamentos teóricos rigorosos para articular regulação autonômica, percepção incorporada, modulação afetiva e presença como dimensões temporalmente estruturadas do cuidado, da autorregulação e da transformação somática.

Arquitetos, designers e profissionais de ambientes

Arquitetos, urbanistas, designers de interiores, profissionais de organização espacial e gestores de ambientes institucionais, que reconhecem que o meio não é container neutro, mas estrutura que modula temporalidade humana através de ritmos luminosos, acústicos, de circulação, ordem e permanência, e que afeta regulação fisiológica, estados emocionais, qualidade vincular e produtividade, exigindo design temporalmente informado.

Filósofos aplicados, analistas simbólicos e profissionais de práticas narrativas

Consultores filosóficos, terapeutas narrativos, analistas de discurso, profissionais de sentido e elaboração existencial, que buscam campo conceitual consistente para compreender temporalidade como arquitetura constitutiva da experiência subjetiva, das construções identitárias, escolhas éticas e  formas de elaboração de mundo e significado.

Pesquisadores, gestores institucionais e profissionais de políticas sociais

Gestores públicos, formuladores de políticas, consultores organizacionais e pesquisadores sociais, que investigam como aceleração social, disritmia institucional, precarização temporal e cronopoder afetam saúde pública, sistemas educacionais, produtividade, relações de trabalho e coesão social, demandando análise temporal crítica e intervenções institucionais fundamentadas.

STUDIUM TEMPORALE

A ESTRUTURA

01. 

Núcleo Formativo Permanente

O corpus teórico-conceitual do programa, disponível de forma assíncrona e permanente durante a vigência da participação. Trata-se de uma biblioteca viva de conhecimento que pode ser atravessada no ritmo próprio de cada profissional, servindo como fundação intelectual sólida e referência contínua ao longo da prática. Estruturado em movimentos sequenciais, o Núcleo reúne mais de 40 aulas magistrais, práticas guiadas em áudio, vídeos demonstrativos de aplicação clínica, textos comentados de autores fundamentais, e materiais de aprofundamento bibliográfico. Cada módulo é liberado mensalmente, respeitando a temporalidade da aprendizagem e evitando sobrecarga cognitiva, e permanece acessível para revisita, estudo aprofundado e integração progressiva. O Núcleo se propõe como campo de cultivo intelectual, em que conceitos são apresentados em suas genealogias, diferentes tradições disciplinares são postas em diálogo rigoroso, e a aplicação clínica emerge como consequência natural da compreensão profunda.

02. 

Círculo de Encontros ao vivo

Um laboratório dialógico no qual a teoria ganha precisão na relação com a prática e onde casos reais são examinados em supervisão compartilhada. Com dois encontros mensais de duas horas cada, somando vinte e quatro encontros ao ano, o Círculo articula duas dinâmicas complementares. O primeiro encontro aprofunda fundamentos conceituais por meio de discussão socrática de textos primários; o segundo dedica-se à supervisão clínica, em que participantes apresentam situações reais e as analisam a partir das lentes da Ecologia Temporal. Trata-se de um espaço de pensamento ativo, sustentado por questionamento rigoroso e pela elaboração conjunta de novas compreensões. O formato, ali, é online ao vivo, com gravações disponíveis por um ano após cada encontro.

03. 

Imersões Trimestrais

Quatro encontros estendidos de trës horas, realizados trimestralmente, integram práticas somáticas intensivas, supervisão aprofundada de casos complexos e rituais de passagem que marcam etapas da formação. Sâo momentos de marcos temporais que consolidam aprendizagens, honram travessias conceituais e renovam o compromisso formativo do grupo. As imersões incluem trabalho corporal guiado, com respiração polivagal, grounding, pendulação e técnicas de regulação autonômica, além da análise minuciosa de três a quatro casos por ciclo e de um período dedicado à síntese integrativa. O formato consiste em sábados inteiros, conduzidos ao vivo no ambiente online, totalizando doze horas adicionais ao ano.

04.

Fórum de Estudo e Interlocução

Espaço digital que atua como ambiente permanente de aprofundamento conceitual, troca de referências, esclarecimento de dúvidas sobre aplicação clínica e continuidade do diálogo que se desenvolve nos encontros síncronos. A moderação, realizada pela fundadora, em 2026, e por veteranos, a partir de 2027, assegura a qualidade das interlocuções e a manutenção do rigor intelectual que orienta o Studium. Esse fórum amplia o campo formativo para o cotidiano da prática, oferecendo um lugar de reflexão contínua que acompanha o percurso de cada integrante. O acesso permanece disponível durante toda a participação ativa no programa.

05. 

Supervisão Clínica Individual Progressiva

A partir do segundo ano de formação, os alunos passam a contar com supervisão individual com a coordenação, em frequência progressiva ao longo da trajetória. Nessas sessões, casos complexos são explorados em profundidade, a compreensão conceitual aplicada ganha precisão crescente e o desenvolvimento clínico singular de cada profissional é acompanhado com cuidado. A supervisão individual acrescenta uma camada fina ao percurso formativo, e oferece espaço para trabalhar situações que demandam atenção prolongada ou que envolvem dimensões sensíveis do fazer a pessoal, em uma estrutura de encontros que evolui conforme os anos de pertencimento e dedicação ao Studium.

STUDIUM TEMPORALE

O NÚCLEO FORMATIVO PERMANENTE

movimento I – FUNDAÇÕES E GENEALOGIA DO TEMPO

Janeiro | Aulas 1-5

Descrição: estabelece os fundamentos epistemológicos e históricos da Ecologia Temporal como síntese integrativa entre cronobiologia, neurociência afetiva construtivista, fenomenologia da consciência temporal e sociologia crítica da aceleração. Reconstitui genealogias conceituais desde cosmologias pré-socráticas até teorias contemporâneas, demonstrando como diferentes tradições intelectuais abordaram tempo e temporalidade.

Objetivos: compreender a Ecologia Temporal como campo disciplinar consistente; situar historicamente principais correntes de pensamento sobre tempo; distinguir tempo físico, tempo vivido e tempo social; reconhecer que toda prática clínica opera com pressupostos temporais implícitos.

Principais tópicos: distinção tempo físico vs. tempo vivido; genealogias do tempo (Heráclito, Agostinho, Bergson, Husserl, Heidegger); emergência da cronobiologia como ciência; síntese teórica da Ecologia Temporal como disciplina integrativa; as três dimensões ecossistêmicas (Ser, Vínculo, Meio).

Aplicação:

— Psicólogos e terapeutas: desenvolvimento de sensibilidade para identificar dimensão temporal em queixas clínicas; fundamentação metodológica rigorosa de práticas de cuidado; reconhecimento de sintomas como expressões de desorganização temporal;

— Médicos e profissionais da saúde: articulação entre tempo biológico (ritmos circadianos, cronoterapia) e tempo vivido (experiência subjetiva adoecimento); compreensão de cronofarmacologia e timing de intervenções;

— Educadores: reconhecimento de que processos de aprendizagem são temporalmente estruturados; identificação de dessincronias entre ritmos institucionais e ritmos individuais de desenvolvimento;

— Consultores e gestores: análise crítica de estruturas organizacionais sob lente temporal; reconhecimento de aceleração institucional como fator patogênico; desenvolvimento de ambientes temporalmente sustentáveis.

MOVIMENTO II – O SER I: REGULAÇÃO, RITMOS E AFETO

Fevereiro | Aulas 6-10

Descrição: explora a dimensão biológica e afetiva da temporalidade humana através de cronobiologia molecular e sistêmica, teoria polivagal e neurociência afetiva construtivista. Demonstra como regulação autonômica, organização rítmica e construção afetiva são processos temporalmente estruturados que fundamentam experiência subjetiva.

Objetivos: compreender o  organismo humano como sistema oscilante multiníveis; dominar conceitos de cronobiologia aplicada; articular neurocep;cão com ritmos circadianos; reconhecer desregulação autonômica e dessincronização circadiana como fatores etiológicos centrais em múltiplas condições clínicas.

Principais tópicos: cronobiologia molecular e sistêmica (núcleo supraquiasmático, genes relógio, zeitgebers, cronotipo); jet lag social e suas consequências metabólicas e psiquiátricas; teoria polivagal (vagal ventral, simpático, dorsal; neuroception); neurociência afetiva construtivista (Barrett: afeto como base consciência, granularidade emocional, body budget).

Aplicação:

— Psicólogos e terapeutas: diagnóstico de dessincronia circadiana e desregulação autonômica; intervenção em ansiedade, pânico e trauma via regulação somática; uso terapêutico de zeitgebers; protocolos de co-regulação fundamentados em teoria polivagal;

— Médicos e profissionais da saúde: aplicação clínica de cronobiologia (cronoterapia, restrição sono, cronofarmacologia); manejo não-farmacológico de insônia e transtornos do ritmo circadiano; reconhecimento de jet lag social como fator de risco metabólico e psiquiátrico;

— Educadores: identificação de disritimias entre cronotipos individuais e horários institucionais; implementação de pausas ultradianas respeitando ciclos atencionais; reconhecimento de desregulação autonômica em dificuldades comportamentais;

— Consultores e gestores: análise de ambientes organizacionais sob perspectiva cronobiológica; otimização de ritmos de trabalho respeitando ciclos ultradianos; protocolos de redução de burnout via regulação coletiva de ritmos.

MOVIMENTO III – O SER II: SUBJETIVIDADE, EXPERIÊNCIA E TEMPORALIDADE

Março e abril | Aulas 11-18

Descrição: aprofunda fenomenologia da consciência temporal e construção narrativa da identidade através de Husserl, Heidegger, Ricoeur e Merleau-Ponty. Demonstra que experiência subjetiva não é sequência de instantes, mas fluxo temporal estruturado articulando passado retido, presente vivido e futuro antecipado. Apresenta sistema diagnóstico das 15 Texturas Temporais.

Objetivos: compreender consciência como fenômeno temporal; reconhecer sintomas psicológicos como expressões de distorções da estrutura temporal da experiência; desenvolver capacidade de análise fenomenológica; dominar sistema de diagnóstico das 15 Texturas Temporais como mapeamento sistemático de patologias temporais.

Principais tópicos: Husserl (estrutura retenção-impressão-protensão); Heidegger (ser-para-morte, temporalidade autêntica); Ricoeur (identidade narrativa vs. substancial, ipseidade); Merleau-Ponty (corpo vivido, tempo incorporado); 15 Texturas Temporais (Ser, Vínculo, Meio); presença como prática clínica.

Aplicação:

— Psicólogos e terapeutas: identificação de texturas temporais patológicas (fragmentação, compressão, dilatação, bloqueio); trabalho clínico com narrativa e identidade; técnicas de ancoragem temporal e presença; diferenciação entre sintoma superficial e estrutura temporal subjacente;

— 
Médicos e profissionais da saúde: reconhecimento de dimensão temporal em condições crônicas (dor crônica como dissociação somatotemporal, depressão pós-AVC como retenção paralisante); manejo de finitude antecipada em doenças terminais; trabalho com temporalidade do corpo adoecido;

— 
Educadores: identificação de fragmentação experiencial em dificuldades de aprendizagem; distinção entre multiplicidade identitária exploratória e patológica em adolescentes; validação de temporalidades lentas de maturação contra pressões institucionais aceleradas;

— 
Consultores e gestores: mapeamento de texturas organizacionais (compressão temporal institucional, alienação produtiva, anomia estrutural); análise de narrativas corporativas e identidade organizacional; reconhecimento de limites de intervenção individual em patologias estruturais.

MOVIMENTO IV – VÍNCULO: APEGO, SINCRONIZAÇÃO E TRAUMA RELACIONAL

Abril e maio| Aulas 19-24

Descrição: investiga dimensão relacional da temporalidade através de teoria do apego, neurobiologia interpessoal, trauma relacional e microtiming interacional. Demonstra que vínculos são sistemas de sincronização temporal – ritmos compartilhados, corregulação, antecipação mútua. Quando vínculos adoecem, dessincronização relacional emerge como sintoma e fator perpetuador de sofrimento.

Objetivos: compreender vínculos como sistemas temporalmente organizados; reconhecer apego como padrão de sincronização precoce; identificar trauma relacional como ruptura de sincronização; desenvolver intervenções que restaurem capacidade de corregulação e presença relacional.

Principais tópicos: Teoria do apego (padrões seguro, ansioso, evitativo, desorganizado); apego como sincronização temporal precoce e protensão relacional; neurobiologia interpessoal (Siegel: mindsight, sintonia, integração); trauma relacional como ruptura de sincronização; co-regulação vs. autorregulação; microtiming interacional; vínculos espectrais (luto, presença do ausente).

Aplicação:

— Psicólogos e terapeutas: trabalho clínico com apego desorganizado e trauma relacional; práticas de corregulação terapêutica fundamentadas em teoria polivagal; análise de microtiming em sessões clínicas; manejo de luto como temporalidade alterada (intermitências, não linearidade);

— Médicos e profissionais da saúde: reconhecimento de trauma relacional em contextos hospitalares; implementação de co-regulação institucional (equipes referência, previsibilidade de ritmos); trabalho com sincronização mãe-bebê em neonatologia e pós-parto; manejo de vínculos espectrais em cuidados paliativos.

— Educadores: identificação de padrões de apego em dificuldades relacionais escolares; criação de ambientes que permitam corregulação antes de exigir autorregulação; ritualização temporal como ferramenta de sincronização grupal; validação de temporalidades relacionais diversas;

— Consultores e gestores: análise de dessincronização vincular em equipes (conflitos como sintoma temporal); implementação de ritmos compartilhados como ferramenta de coesão organizacional; reconhecimento de limites de intervenção individual quando estrutura institucional impede corregulação.

Movimento V – MEIO: CRONOPODER, AMBIENTES E ECOSSISTEMAS

Maio | Aulas 25-27

Descrição: examina dimensão sociocultural e ambiental da temporalidade através de sociologia da aceleração (Rosa), sociedade do cansaço (Han) e cronopolítica (Foucault). Demonstra que temporalidade humana não é apenas interna, mas configurada por estruturas sociais, ritmos institucionais, tecnologias e cronopoder. Aceleração social, precarização do tempo e desritimia ambiental emergem como determinantes de adoecimento coletivo.

Objetivos: compreender como estruturas sociais moldam temporalidade individual; reconhecer aceleração, hiperestimulação e cronopoder como fatores patogênicos; desenvolver análise crítica de ambientes temporalmente tóxicos; construir intervenções que considerem dimensão sociopolítica do tempo; distinguir sofrimento individual de sofrimento estrutural.

Principais tópicos: Rosa (aceleração social, erosão do presente, ressonância vs. alienação temporal); Han (sociedade do cansaço, autoexploração, violência neuronal); Foucault (cronopolítica, disciplina temporal, cronopoder); hiperestimulação ambiental; biofilia e sincronização ecossincrônica; arquitetura de ambientes temporalmente saudáveis.

Aplicação:

— Psicólogos e terapeutas: diferenciação entre sofrimento individual (tratável psicoterapeuticamente) e sofrimento estrutural (requer intervenção socioambiental); validação de sintomas como respostas legítimas a estruturas insustentáveis; construção de intervenções de redução de dano quando transformação estrutural impossível; advocacy por políticas temporalmente sensíveis;

— Médicos e profissionais da saúde: reconhecimento de burnout como patologia estrutural, não individual; análise crítica de ambientes hospitalares sob perspectiva cronopolítica; identificação de limites da intervenção farmacológica em condições socialmente determinadas; desenvolvimento de protocolos institucionais que respeitem ritmos biológicos;

— Educadores: análise crítica de estruturas escolares disciplinares; reconhecimento de cronopoder institucional sobre alunos e professores; implementação de ritmos educacionais contra-hegemônicos; validação de ritmos de aprendizagem diversos contra pressões por uniformização temporal; advocacy por políticas educacionais temporalmente sustentáveis;

— Consultores e gestores: reconhecimento de limites éticos do coaching produtivista; diferenciação entre otimização individual e transformação estrutural necessária; análise de organizações sob perspectiva de aceleração social e autoexploração; desenvolvimento de culturas organizacionais que resistam a cronopoder mercadológico; advocacy por condições de trabalho temporalmente dignas.

MOVIMENTO VI — PROTOCOLOS MULTINÍVEIS E LINHAS DE CUIDADO

Junho e julho | Aulas 28-35

Descrição: traduz fundamentos teóricos em metodologia clínica aplicada através de oito Linhas de Cuidado e cinco níveis de intervenção. Demonstra como construir protocolos personalizados que articulam múltiplos níveis simultaneamente, respeitando hierarquias bottom-up e top-down. Cada Linha de Cuidado integra teoria acumulada com protocolos clínicos concretos para condições frequentes.

Objetivos: dominar arquitetura de intervenção multiníveis (ritmos, autonômico, afeto, vínculos, ambiente, narrativa); construir protocolos clínicos fundamentados; reconhecer quando priorizar soma, vínculo, narrativa ou ambiente; desenvolver flexibilidade metodológica sem ecletismo; aplicar conhecimento acumulado em casos clínicos reais.

Principais tópicos: cinco níveis de intervenção e hierarquia integrativa; titulação e pendulação (Levine); oito Linhas de Cuidado detalhadas (ansiedade, insônia, parentalidade, neurodivergência, transições existenciais, burnout, trauma, doenças crônicas); cronofarmacologia; integração soma-narrativa; limites de intervenção em condições estruturais.

Aplicação:

— Psicólogos e terapeutas: construção de planos terapêuticos integrados para condições complexas; manejo de ansiedade através de intervenção multiníveis (ritmos, autonômico, narrativa); protocolos de trauma respeitando hierarquia soma-narrativa; trabalho com transições existenciais e construção de identidade narrativa; diferenciação entre quando trabalho individual suficiente e quando requer intervenção socioambiental.

— Médicos e profissionais da saúde: protocolos não-farmacológicos para insônia baseados em cronobiologia; manejo de doenças crônicas considerando temporalidade do corpo adoecido e finitude antecipada; aplicação de cronofarmacologia; trabalho interdisciplinar integrando intervenções somáticas e narrativas; reconhecimento de limites da medicina em condições socialmente determinadas.

— Educadores: protocolos para neurodivergência que acomodem ritmos atípicos em vez de normalizá-los; trabalho com parentalidade e sincronização familiar; manejo de transições desenvolvimentais respeitando temporalidades lentas de maturação; criação de ambientes educacionais que integrem múltiplos níveis de cuidado; advocacy quando condições estruturais impedem cuidado adequado.

— Consultores e gestores: protocolos organizacionais para prevenção e manejo de burnout considerando múltiplos níveis (ritmos individuais, corregulação equipe, redução carga estrutural); desenvolvimento de culturas organizacionais temporalmente sustentáveis; reconhecimento explícito de quando consultoria individual insuficiente e transformação estrutural necessária; posicionamento ético diante de demandas por produtividade insustentável.

MOVIMENTO VII — LITERATURA E TEMPORALIDADE: REFINAMENTO CLÍNICO VIA GRANDES AUTORES

Agosto a novembro | Aulas 36-47

Descrição: explora representações literárias da temporalidade como fonte de refinamento fenomenológico através de Proust, Bergson, Woolf, Clarice Lispector, Kafka, Borges, Hesse, Pessoa, Rilke e Goethe. Literatura como laboratório fenomenológico, escritores como investigadores rigorosos da experiência temporal vivida. Cada aula articula análise literária com aplicação clínica concreta.

Objetivos: refinar sensibilidade fenomenológica através da literatura; reconhecer que clientes vivem temporalidades descritas por escritores; desenvolver linguagem poética sem perder rigor; integrar análise literária e prática clínica; usar metáforas literárias como ferramentas terapêuticas legitimadas por tradição intelectual.

Principais tópicos: Proust (memória involuntária, intermitências); Bergson (duração, tempo espacializado); Woolf (fluxo consciência, presente expandido); Clarice (instante absoluto, epifania); Kafka (tempo burocrático, anomia); Borges (futuros ramificados, labirintos temporais); Hesse (tempo cíclico, formação); Pessoa (heteronímia, multiplicidade identitária); Rilke (finitude, paciência); Goethe/Fausto (pacto com instante, aceleração desejante).

Aplicação:

—  Psicólogos e terapeutas: identificação de texturas temporais através de lentes literárias (tempo proustiano em luto, tempo kafkiano em anomia, tempo borgeano em ansiedade decisória); uso de metáforas literárias como ferramentas de nomeação de experiências inefáveis; refinamento de sensibilidade fenomenológica além do que manuais diagnósticos oferecem; desenvolvimento de linguagem que articula rigor conceitual e ressonância poética;

—  Médicos e profissionais da saúde: reconhecimento de temporalidades do adoecimento descritas literariamente (Proust em memória sensorial pós-trauma, Clarice em anestesia pós-AVC, Rilke em finitude antecipada); desenvolvimento de escuta clínica sensível a nuances temporais da experiência de adoecimento; integração de dimensão existencial no cuidado sem perder rigor científico;

—  Educadores: uso de literatura como ferramenta de compreensão de temporalidades adolescentes (Pessoa em multiplicidade identitária, Hesse em metamorfoses desenvolvimentais); validação de experiências temporais diversas contra pressões por uniformização; desenvolvimento de pedagogias que respeitem ritmos lentos de maturação (Rilke); reconhecimento de experiências de anomia institucional (Kafka); 

—  Consultores e gestores: análise de culturas organizacionais através de lentes literárias (organizações kafkianas, fáusticas, rilkeanas); reconhecimento de que aceleração organizacional tem custos existenciais descritos literariamente (Goethe/Fausto, Rilke); desenvolvimento de linguagem que permite nomear dimensões temporais da experiência organizacional além de métricas quantitativas; posicionamento ético fundamentado em compreensão literária-filosófica da finitude e do tempo humano.


studium temporale

círculo de encontros ao vivo: agenda 2026

CICLO I — FUNDAÇÕES TEMPORAIS

Janeiro a abril 

Fundamentos epistemológicos da Ecologia Temporal. Genealogias filosóficas do tempo (Husserl, Bergson, Heidegger, Ricoeur), cronobiologia aplicada (Roenneberg), teoria polivagal (Porges) e neurociência afetiva construcionista (Barrett). Introdução às Dobras Temporais e exploração do Tempo do Ser – dimensão biológica e fenomenológica da existência.

8 encontros | Discussões teóricas aprofundadas + supervisão coletiva de casos clínicos.

Imersão final | Laboratório prático: mapeamento cronobiológico pessoal, regulação autonômica ao vivo, grounding fenomenológico.

Para profissionais: identificação de dimensão temporal em queixas clínicas; protocolos regulação somática precedendo narrativa; cronobiologia aplicada a insônia, burnout, ansiedade; reconhecimento de ritmos biológicos em contextos educacionais e organizacionais.

CICLO II – DIMENSÃO RELACIONAL E AMBIENTAL

Maio a julho 

Teoria do apego e trauma relacional (Bowlby, Siegel, Van der Kolk, Levine). Sociologia crítica da aceleração (Rosa), sociedade do cansaço (Han) e cronopolítica (Foucault). Tradução sistemática de fundamentos teóricos em metodologia clínica: arquitetura de intervenção multiníveis e Linhas de Cuidado.

6 encontros | Discussões teóricas + supervisão de casos complexos integrando múltiplos níveis.

Imersão final | Laboratório prático: vocabulário afetivo expandido (Barrett), co-regulação vincular em duplas, recategorização emocional.

Para profissionais: protocolos trauma relacional via titulação e corregulação; diferenciação entre sofrimento individual e estrutural; análise de burnout organizacional; identificação de padrões de apego em contextos clínicos, educacionais e institucionais.

CICLO III – Fenomenologia literária

Agosto a outubro

Literatura como laboratório fenomenológico. Exploração de memória involuntária (Proust), duração (Bergson), fluxo de consciência (Woolf), instante absoluto (Clarice Lispector), tempo burocrático (Kafka) e futuros ramificados (Borges). Articulação sistemática entre análise literária e aplicação clínica concreta.

6 encontros | Discussões literárias + supervisão casos via lentes literárias.

Imersão final | Laboratório prático: desaceleração corporal (Rilke: slow walking coletivo, tédio terapêutico), atenção monocrônica (Han: tarefa única ininterrupta vs. multitasking), conexão ecossincrônica via biofilia (Hesse: observação natureza, ritmos não-humanos), escrita fenomenológica.

Para profissionais: uso de metáforas literárias como ferramentas terapêuticas; refinamento de sensibilidade fenomenológica; nomeação de experiências inefáveis através de literatura; reconhecimento de temporalidades do adoecimento e transições existenciais.

CICLO IV – INTEGRAÇÃO

Novembro e dezembro 

Conclusão fenomenologia literária (Hesse, Pessoa, Rilke, Goethe). Retrospectiva coletiva anual. Integração completa dos 3 Tempos (Ser, Vínculo, Meio) através de apresentações de casos demonstrando mapeamento rigoroso, aplicação sistemática e resultados alcançados. Certificação LATCHA I.

3 encontros | Síntese final + retrospectiva anual + abertura 2027.

Imersão final | Apresentações individuais casos integrados ( Dobras + níveis + 3 Tempos), celebração comunitária, certificação.

Para profissionais: consolidação de competências para construção de planos terapêuticos/interventivos completos fundamentados em Ecologia Temporal; capacidade de articular rigorosamente múltiplos níveis de intervenção e reconhecer limites éticos de atuação.

STUDIUM TEMPORALE

OS PILARES QUE SUSTENTAM ESTE CAMPO

O Studium se estrutura como uma síntese integrativa rigorosa. Cada conceito é situado em sua genealogia intelectual, articulado a outras tradições disciplinares e traduzido em implicações clínicas concretas. Cronobiologia molecular dialoga com fenomenologia husserliana; neurociência afetiva encontra sociologia crítica; teoria do apego conversa com microtiming interacional. A proposta é cultivar uma arquitetura conceitual consistente, capaz de sustentar pensamento preciso e práticas de intervenção refinadas.

O Studium constitui um círculo intelectual vivo, orientado por participação, diálogo e aprofundamento compartilhado. A aprendizagem emerge da interação: discussões conceituais refinam a compreensão, supervisões em grupo revelam nuances clínicas, práticas conjuntas desenvolvem sensibilidade somática. Veteranos acompanham iniciantes, casos complexos são analisados por múltiplas perspectivas, dúvidas individuais convertem-se em questões comuns. Pertencer ao Studium é ingressar em uma trama de pensamento e cuidado na qual o conhecimento se torna criação contínua.

Compreender temporalidade é cultivar sensibilidade incorporada. Por isso, o Studium articula atividades somáticas rigorosas - respiração polivagal, grounding, pendulação, técnicas de regulação autonômica e movimentos neurogênicos - como parte estrutural da formação. Habitar a própria temporalidade com presença é o que permite reconhecer e trabalhar a temporalidade do outro; e, quando teoria ganha corpo, adquire espessura, assim como a prática, ao ancorar-se em fundamentos sólidos, se converte em método.

A fenomenologia é um método de observação rigorosa da experiência vivida, que exige atenção ao modo como o tempo se inscreve em cada gesto, percepção e relação. No Studium, essa escuta é cultivada pela suspensão de pressupostos e pelo acompanhamento cuidadoso das formas temporais que estruturam as vivências - um compromisso que se estende ao campo literário, que indaga a temporalidade com profundidade rara e oferece paisagens sensíveis para apreender ritmos internos, inflexões afetivas e variações de presença. Nesse ambiente formativo, profissionais desenvolvem uma percepção capaz de alcançar dobras temporais e ritmos relacionais que, em geral, permanecem ocultos, abrindo acesso à lógica íntima que organiza cada experiência.

Intervir na temporalidade humana implica responsabilidade ética de alta delicadeza. O Studium defende o pensamento de que todo fazer - clínico, educativo ou institucional - carrega pressupostos temporais e produz efeitos que atravessam de estar vínculos e processos internos. Forçar ritmos de cura pode reabrir feridas; ajustar experiências a tempos que não pertencem ao sujeito pode distorcer cronotipos; desconsiderar dinâmicas relacionais pode aprofundar estados de isolamento. Um cuidado temporalmente informado, portanto, reconhece a singularidade de cada sistema vivo, respeita o ritmo que o constitui e age com sensibilidade às condições diversas que constituem a experiência.

A maestria, seja na clínica, no chão educacional, entre outros setores, amadurece quando a prática encontra reflexão supervisionada. No Studium, a supervisão mensal em grupo funciona como um espaço de aprendizagem estruturada, no qual casos são apresentados com rigor, examinados por diferentes referenciais conceituais e discutidos em diálogo qualificado entre pares, um processo que amplia o campo de percepção, revela pontos antes invisíveis, convoca hipóteses mais precisas e favorece a composição de estratégias de zelo mais finas. Profissionais que se engajam nesse percurso desenvolvem humildade epistêmica, consistência metodológica e sofisticação laboral, qualidades essenciais para atuar diante da complexidade dos sistemas que vivem.

STUDIUM TEMPORALe

a TRAJETÓRIA FORMATIVA

o que sustenta
este campo DE reorganização vital

O Studium Temporale estabelece uma fundação intelectual que transforma radicalmente a compreensão e o fazer profissional de seus membros. Ao ingressar no programa, cada participante integra o LATCHA – Laboratório de Arquitetura Temporal e Cronobiologia Humana Aplicada, uma comunidade de pesquisa e prática dedicada ao avanço sistemático do conhecimento temporal aplicado. A formação desenvolve capacidades que transcendem competências técnicas convencionais: profissionais adquirem inteligência temporal que permite reconhecer padrões estruturais de adoecimento onde outros identificam apenas sintomas isolados, articular intervenções fundamentadas que integram dimensões biológicas, relacionais e socioculturais sem reducionismo, e construir protocolos metodologicamente rigorosos que produzem resultados mensuravelmente superiores em seus contextos de atuação. A sofisticação diagnóstica conquistada, a precisão interventiva desenvolvida e a profundidade teórica assimilada conferem aos membros do LATCHA reconhecimento como referências em suas respectivas áreas – não por acúmulo de credenciais, mas por excelência demonstrada através de resultados consistentes e contribuições substantivas ao campo.

Nesse sentido, a sociedade beneficia-se amplamente do trabalho desenvolvido por profissionais formados no LATCHA. Clientes psicoterapêuticos experimentam remissão de sintomas que resistiam a abordagens convencionais quando suas estruturas temporais subjacentes são adequadamente identificadas e trabalhadas. Crianças e adolescentes prosperam academicamente quando educadores reconhecem e acomodam cronotipos individuais, respeitam ritmos ultradianos de atenção e constroem ambientes pedagógicos temporalmente sustentáveis. Trabalhadores atuam com menor desgaste quando gestores compreendem burnout como fenômeno estrutural relacionado a cronopoder e implementam políticas organizacionais que respeitam, em vez de explorar, a temporalidade humana. Famílias reconstroem sincronias relacionais perdidas quando terapeutas identificam desalinhos vinculares e facilitam corregulação através de intervenções teoricamente fundamentadas. Pacientes hospitalares recuperam-se mais eficazmente quando equipes médicas consideram cronobiologia na administração de tratamentos e na organização de rotinas institucionais. Arquitetos e designers criam espaços que sustentam regulação temporal quando compreendem como luz, som e ritmos ambientais afetam sistemas circadianos e autonômicos. O impacto coletivo multiplica-se exponencialmente: protocolos desenvolvidos por membros individuais são refinados coletivamente, sistematizados rigorosamente, disseminados amplamente e replicados em contextos diversos, expandindo progressivamente o alcance social da Ecologia Temporal como disciplina aplicada.

O investimento

R$ 1197,00 / ano

Parcelamento disponível, com acréscimo de juros.

*Preço válido até dia 31/12/2025. A partir de janeiro de 2026, o valor original se consolida: R$ 1497,00 / ano à vista, também com parcelas acessíveis e taxas adicionais.

Garantia de 7 dias. 

STUDIUM TEMPORALE

um campo àqueles que reconhecem que viver é ritmar, e que toda prática - científica, terapêutica ou criativa - enraiza-se em uma ecologia temporal

Algumas bolsas parciais estão disponíveis para graduandos e profissionais em início ou transição de trajetória – entre áreas, ritmos ou modos de atuar -, comprometidos em cultivar uma prática sintonizada à dimensão temporal da vida e em aprofundar seus estudos em temporalidade, corpo e ecologias do cuidado.

studium temporale

Pronto(a) para pertencer a um campo disruptivo de tempo aplicado às diferetes experiências humanas e desenvolver uma prática profunda, transformadora, que atinge além do superficial?

O Studium ocorre de modo online e permite acesso pleno de qualquer canto do mundo. Onde quer que você se encontre, este conhecimento se fará presente e reconfigurará, de maneira profunda e permanente, seu trabalho e a forma como observa, intervém e promove o cuidado.

Em caso de dúvidas ou desejo de busca por mais detalhes, entre em contato.

Há trajetórias que pedem aplicação, estrutura e criação compartilhada – caminhos em que o pensamento temporal se converte em estratégia, linguagem e intervenção concreta. Os Projetos e Parcerias existem para traduzir a Ecologia Temporal em colaboração com profissionais, instituições e espaços que buscam integrar a inteligência dos ritmos vivos a contextos clínicos, educativos, organizacionais e ambientais.

projetos e parcerias

O QUE

Temporalidade como eixo de alinhamento para profissionais, espaços e ecologias de prática

Aplicar a Ecologia Temporal em diferentes escalas é reconhecer que o tempo é a própria força organizadora da vida coletiva. Cada sistema, seja um corpo, uma instituição ou um território, vibra segundo ritmos próprios, que se desordenam quando submetidos à lógica linear de manifestação. Através dos Projetos e Parcerias, a Ecologia Temporal atua como tecnologia epistemológica e orientada para restaurar coerência rítmica – um trabalho que une ciência, filosofia e desenho sistêmico para reorganizar processos, vínculos e ambientes de forma viva.

Essa prática temporal, quando inserida em organizações, políticas e espaços, torna-se gesto de reestruturação cultural. Em lugar de intervenções fragmentadas, propõe-se uma nova ecologia do tempo: um modo de reconfigurar modelos de estar, produzir, cuidar e criar, a partir de uma ética da interdependência. Cada projeto, então, é concebido como campo de coesão, em que o ritmo de um corpo ou grupo se alinha ao compasso mais amplo da vida, e onde o pensar, o agir e o zelar ocupam uma mesma arquitetura temporal.

Em outras palavras, diz-se que os Projetos e Parcerias ocorrem como uma plataforma de pesquisa viva que aproxima saberes e práticas, ciência e sensibilidade, política e cuidado. Aqui, o tempo deixa de ser recurso a ser administrado e torna-se matéria de recomposição – o fundamento de uma cultura que aprende a se sincronizar com o que é vivo. O que se produz a partir desse tanto ultrapassa a fronteira da inovação metodológica, e alcança a possibilidade singular de uma nova consciência temporal coletiva.

projetos e parcerias

FRENTES DE ATUAÇÃO

01. Intervenção e educação temporal

Campo de atuação voltado à transposição prática da inteligência dos ritmos vivos em trajetórias profissionais, educativas e institucionais. Cada ação, por aqui, é um laboratório de sincronia, e um exercício de atenção, presença e coerência temporal aplicado a contextos diversos.

— Supervisão Cronoepistêmica: acompanhamento especializado para desenvolvimento de protocolos autorais, fundamentados em coerência rítmica e leitura sistêmica do tempo nas práticas profissionais.

— Mentoria de Presença Temporal : processo de construção de presença profissional ancorada em ritmo, autenticidade e relação, em contraponto à temporalidade produtivista que segmenta o fazer contemporâneo.

— Consultoria de Ritmos Organizacionais: Reconfiguração de rotinas, processos e culturas, introduzindo métricas e rituais temporais capazes de restaurar cadência ecológica e integridade coletiva.

— Arquitetura Temporal de Ambientes: cocriação de espaços sincronizados com os ciclos naturais e os fluxos humanos, em que o espaço torna-se tecnologia viva de regulação temporal e cuidado coletivo.

02. integração e cuidado temporal

Projetos que aplicam os princípios da Ecologia Temporal em contextos de saúde, reabilitação e bem-estar coletivo, para conectar práticas existentes ao campo da regulação rítmica.

— Pontes Clínicas Temporais: colaborações com profissionais de saúde para integrar princípios de sincronia e regulação temporal em atendimentos, protocolos e programas terapêuticos.

— Programas de Coerência Temporal Coletiva : iniciativas desenvolvidas em centros de saúde, escolas e organizações para restaurar cadência, reduzir disritmias e promover Ecossincronia comunitária.

— Protocolos de Reabilitação Rítmica: intervenções estruturadas para a recuperação funcional de ritmos biológicos, emocionais e relacionais.

— Plataformas de Educação Temporal Aplicada: formação e difusão de metodologias temporalmente conscientes voltadas à ampliação dos resultados clínicos, educativos e sociais.

PROJETOS E PARCERIAS

Ideal para quem

Profissionais de saúde mental, psicoterapia, fisiologia ou medicina integrativa encontram na Ecologia Temporal um modo de reconhecer que cada disritmia – insônia, estresse crônico, menopausa, lutos simbólicos ou jet lag social -não é um episódio isolado, mas a expressão de desarmonia entre corpo, vínculo e ambiente. A prática deixa de ser apenas técnica e torna-se percepção dos ritmos vitais, permitindo intervenções que restituem cadência, integração e sensibilidade ao tempo vivido.

Formadores de programas de aprendizagem e educação se engajam em projetar experiências que restauram atenção, memória e plasticidade cognitiva, e rompem com a lógica aceleracionista que fragmenta o aprendizado. Cada ação e percurso, tornam-se oportunidade de alinhar os tempos individuais e coletivos, de criar ecossistemas de aprendizagem ritmados, nos quais engajamento profundo e desenvolvimento integral se sustentam na harmonia temporal.

Escritores, artistas e curadores percebem que a atenção plena, o fluxo inventivo e os estados de sensibilidade elevada dependem de tempos internos sincronizados com o mundo. A ciência e a filosofia do tempo oferecem ferramentas para expandir processos criativos, prolongar a vitalidade imaginativa e estruturar o pulso da produção artística, transformando inspiração, prática e reflexão em uma cadência que mantém vivo o gesto criador.

Criadores de ambientes, objetos e sistemas compreendem que o espaço é tempo tangível e que ritmos humanos e biológicos se manifestam no corpo e na percepção. Projetar espaços circadianos, objetos e sistemas que respeitem ciclos naturais e humanos significa tornar o ambiente capaz de induzir saúde, sono restaurador, desempenho cognitivo e experiências temporais qualificadas, alinhando o físico, o simbólico e o rítmico.

Tomadores de decisão, gestores e organizadores de equipes descobrem que a gestão do tempo não se resume a produtividade, mas envolve regeneração, sincronização e coerência coletiva. Incorporar métricas biotemporais, práticas de saúde circadiana e atenção aos ritmos humanos essenciais transforma a cultura organizacional, reconecta pessoas e processos, e estabelece estruturas que equilibram desempenho, bem-estar e vitalidade de forma sustentável e integrada.

PROJETOS E PARCERIAS

Expandir a aplicação do tempo como inteligência viva

Este é o espaço para integrar ecologias temporais que estruturam práticas, espaços e saberes em sistemas ativos, equilibrados e significativos. Aqui, o tempo atua como matriz dinâmica, orientando decisões, ambientes e trajetórias profissionais de modo a reconectar indivíduos, equipes e instituições aos ritmos que sustentam o bem-viver.

QUEM SOMOS

Prof. Esp.

Karla Knoblauch

Cronobiologista e neurobióloga (UFPR), especialista em Ritmos Biológicos, Medicina do Sono, Neurociência Circadiana e Afetiva. Professora, pesquisadora e ensaísta, é membro da Academia Brasileira do Sono e possui formações em instituições de referência como USP, UM, LMU e Duke. Fundadora da Noblau Co e do LATCHA – Laboratório de Arquitetura Temporal e Cronobiologia Humana Aplicada, autora da publicação Entre Tempos no Substack, e criadora da disciplina Ecologia Temporal, dedica-se à investigação do tempo como fundamento biológico, ético e ontológico da existência. Desenvolveu a Teoria dos Três Tempos, a metodologia Arquitetura Temporal Aplicada e a tecnologia SyncVitae™, sistemas que articulam ciência, filosofia e arte na tarefa de restaurar a sincronia entre ritmos biológicos, sociais e ambientais. Sua atuação percorre múltiplas escalas – da clínica à escrita, da formação de profissionais à criação de experiências imersivas – movida pela convicção de que o tempo é a arquitetura invisível da vida. Entre o rigor experimental e a imaginação ecológica, sua obra propõe uma epistemologia do ritmo e uma ética da sincronia: pensar e cuidar do humano em compasso com o cosmos e com a Terra.

Prof. DR.

Salvador Paganella

Biólogo, Mestre e Doutor em Microbiologia, Parasitologia e Patologia (UFPR), com Pós-Doutorado em Entomologia, especialista em Biologia Molecular, Genética e Análise Crítica de Dados. Pesquisador, docente e curador científico, possui experiência em instituições de referência e reúne investigação laboratorial, supervisão acadêmica e desenvolvimento de protocolos avançados. Na Noblau Co, atua como guardião da precisão analítica e traduz complexidade biológica em ferramentas aplicáveis à Ecologia Temporal. Sua atuação percorre múltiplas escalas – da orientação científica à supervisão de projetos, da concepção de protocolos à participação em formações e experiências imersivas – movida pela convicção de que o conhecimento é a ponte entre evidência, prática e transformação. Entre o detalhe microscópico e a perspectiva ampliada dos sistemas vivos, sua obra propõe uma epistemologia do ritmo e uma ética da sincronia: pensar e atuar sobre o vivo em compasso com os ritmos humanos, sociais e planetários.

Os primeiros passos para alinhar EXISTÊNCIAS, práticas e espaços aos ritmos que sustentam a vida.

Quando a direção não é clara, a sincronia revela o caminho

Seja qual for o ponto de partida – a busca por clareza existencial, a otimização de vitalidade e energia, ou a construção de práticas e negócios conscientes – a Noblau Co oferece estratégias integradas e suporte especializado para revelar caminhos coerentes com os ritmos que estruturam corpo, mente e relações.

nossa comunidade no substack

O espaço intelectual que você estava procurando

Seja bem-vindo(a) ao Entre Tempos. Através de mentes abertas e conversas inspiradoras, esse espaço abre portas para a diversidade de corpos e histórias que evoluem por meio da prática de alinhamento. Juntos, apoiamos uns aos outros a continuar e ampliar a jornada contínua de nos tornarmos nossas melhores e mais reguladas versões.

LEVE A NOBLAU CO ATÉ SEU TEMPO OU ESPAÇO

Explorar, compreender e transformar o tempo como ponte para a saúde e regeneração.

A presença da Noblau Co pode se manifestar em diferentes escalas e contextos:

01. 

Para você: sessões individuais e imersões, em português ou inglês, que oferecem uma experiência de alinhamento temporal personalizada e transformadora.

02. 

Para seus projetos e instituições: colaborações estratégicas, programas autorais e processos formativos conduzidos integralmente online, conectando pessoas e equipes ao redor do mundo para restaurar a coerência entre tempo, vida e criação.

Seja em jornada pessoal ou em atuação coletiva, nossos processos se moldam com profundidade, rigor científico e presença.

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para quem cultiva a sincronia interna como caminho e faz do tempo uma morada possível

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