(novembro e dezembro)
Tema: como a narrativa dá forma à experiência, como a memória molda nossos ritmos e como integrar tudo isso no cuidado e na prática temporal.
Os autores: Proust revela como tempo, memória, sensação e emoção se entrelaçam na formação da experiência, uma chave para compreender a regulação simbólica e afetiva que sustenta a Ecologia Temporal. Karla Knoblauch encerra o ciclo integrando fenomenologia, biologia rítmica e Ecossincronia em uma visão aplicada, mostrando como sistemas vivos organizam o tempo que vivem. Juntos, mostram que toda experiência com o tempo é, ao mesmo passo, corporal, narrativa e relacional, e que a maturidade temporal envolve reconhecer e trabalhar essas três camadas.
Leituras-base: Proust, No Caminho de Swann (memória involuntária, sensação como portal temporal, tempo perdido/tempo reencontrado); Ensaios da Ecologia Temporal (versão disponibilizada no Portal).
Perguntas-guia: como a narrativa interna molda o ritmo de vida?; o que a memória involuntária revela sobre textura e densidade do tempo vivido?; como sensação, afeto e narrativa se codeterminam?; de que forma integrar corpo, vínculo e mundo em uma prática rítmica real?
Ponte com Ecologia Temporal: Síntese. Aqui, reúne-se o todo: o tempo como sistema vivo, a construção de ritmos autorais, práticas simbólicas e corporais para reorganizar a experiência temporal, e a arquitetura narrativa como eixo de coerência da existência. É o ínterim que consolida o pensamento temporal maduro, aquele que reconhece padrões, cria sentido, sustenta ritmo próprio e sabe traduzir experiência em presença.